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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

#5

ATENÇÃO!!!! PESSOAL POR FAVOR DIVULGUEM! ISTO ACONTECEU COMIGO!!!

Pede-se a quem saiba alguma informação sobre um atropelamento, ocorrido no dia 30 de Setembro de 2011 na Av. do Bocage em frente à farmácia piçarra, por volta das 14h o favor de informar. Procura-se a condutora de um Suzuki swift de cor preta e o condutor que prestou auxilio à vitima. Alguma informação contacte para o e-mail: zezinha.rosa@gmail.com
Desde já obrigada.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Morte #2


No outro dia, estava sentada no sofá de casa da minha avó quando ela me disse:

- Olha, o marido da Dona Natália faleceu.

A primeira coisa que lhe disse foi:

- Aquele senhor com nome de rei mago?

A minha avó disse-me que sim e eu olhei para ela, encolhi os ombros e disse:

- Então, é a lei da vida, ele também já não era novo.

Quando reflito sobre o assunto reparo que eu não era assim, acho que me tornei bastante fria em relação à morte. Talvez tenho sido a morte dos meus tios que me tornou assim. Não sou pessoa de dar os pêsames ou os sentimentos a alguém e apenas agradeço por educação. Acho que tudo isso é uma estupidez, não é isso que faz com que uma pessoa se sinta melhor e muito menos trará a outra pessoa de volta.

Por vezes sinto necessidade de “falar” com os meus tios, com o meu avô e com a minha bisavó, sei que nunca obterei uma resposta, mas para mim é reconfortante ir ao cemitério, sentar-me na campa ou chegar-me perto do gavetão e “falar” com eles. Nem que seja apenas um “tenho saudades”.

A morte nunca me chocou, nem nunca me fez confusão, tive o meu primeiro contacto com o suicídio tinha 5 anos, mas não vou falar sobre isso. Aos 11 voltei a ter outro encontro com a morte. Da primeira experiência não me lembro e da segunda, muito pouco. Por volta dos 13 tive a minha segunda experiência com o suicídio e essa sim, foi a primeira morte que me marcou.

Lembro-me como se fosse hoje, a minha mãe chamou-me à sala e disse-me que a vizinha da minha avó tinha morrido. Pode parecer-vos extremamente estupido que a primeira morte a chocar-me tenha sido de alguém exterior à minha família. Mas a verdade é que para mim ela era quase família.

Sempre me pareceu estranho, as pessoas tocarem nos mortos e a mim, até o simples facto de ver uma pessoa morta me fazia confusão. Mas sabem que a curiosidade é uma coisa tramada, e eu tenho o problema de ser bastante curiosa, talvez até um pouco mais que as restantes pessoas. O que aconteceu no funeral do meu tio foi que a curiosidade levou a melhor, nunca vira um morto e talvez por isso, ou por ser o meu tio, eu tenha tido tanta vontade de o ver. Quando a minha prima me perguntou se eu queria vê-lo, acho que abri muito os olhos e devo ter feito uma grande cara de admiração, lembro-me que quando estávamos a ter esta conversa, alguém entrou e levantou o pano, baixei a cabeça para não o ver. Quando o taparam novamente a minha prima disse-me que já estava, olhei para ela e disse-lhe que queria, mas que não tinha coragem. Ela sorriu, e disse-me que se eu queria ver o melhor que fazia era que o fizesse. Durante todo o velório tentei vê-lo, ganhar coragem para o fazer, mas nunca consegui. Mas tal como já disse a curiosidade levou a melhor, no último momento, já no cemitério quando eles abrem o caixão para a família se despedir eu fechei os olhos e depois pense: deixa de ser cobarde, é o teu tio! E então abri os olhos, e vi-o ali deitado como se estivesse a dormir.

O que mais me chocou até hoje, não foi a morte em si, mas a parecença entre os meus tios. Nunca tinha reparado em como eles eram parecidos. Sempre os achei diferentes, hoje dou-me conta de que só eu achava isso. Toda a gente via as parecenças menos eu. Mas sabem que mais fico contente por só eu ver isso, porque isso quer dizer que eu olhava para os meus tios de maneira diferente. Eu posso dizer que os meus tios eram só meus ou pelo menos a forma como eu os via era só minha. :)

domingo, 11 de setembro de 2011

Mãe #1

Não vou dizer que és perfeita, porque na verdade não és. Estás sempre a moer-me o juizo, fritas comigo por tudo e por nada, fazes-me perder a paciência e eu acho sempre que o que dizes está mal. Mas não será assim com toda a gente? As filhas acham sempre que as mães estão mal, quer dizer eu acho que sim. MELHOR mãe do mundo só porque és a minha!

Amo-te muito minha bruxa dos sete anões :D


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

#4

A verdade é que não tenho nada para dizer e sinceramente nem tenho grande vontade de escrever. Sei que prometi recuperar o tempo perdido, mas a verdade é que nenhum dos textos escritos me faz ter vontade de os postar.
Sabem que mais, o meu blogue vai para férias!


domingo, 4 de setembro de 2011

Fotografias #2






Mais do mesmo a caminho e já na Festa das Flores de Campo Maior :)

Minha Aris #1

Tenho saudades das nossas conversas...
Tenho saudades das nossas fotografias estupidas...
Tenho saudades de que me acordes e me arranques da tenda para irmos para a praia, mesmo depois de só termos ido dormir às 3h da manhã...
Tenho saudades que me digas que tens fome e que queres bolachas...
Tenho saudades que me roubes o cobertor...
Tenho saudades de tudo e mais alguma coisa...
Tenho saudades de Góis, porque Góis somos nós...

Amo-te minha doida*
Somos as maiores da nossa aldeia e de Góis :P

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Carta à bisavó #1 (05.08)

Todas as noites sonho contigo. Todas as noites o mesmo sonho. Quero perceber o que me dizes, sei que é importante, mas a verdade é que não consigo entendê-lo. Passo dias a pensar nisso, já me passaram mil ideias pela cabeça, nenhuma me parece adequada. Desde que os tios morreram que se tornou uma constante. Estive a ver o video do 2º dia do casamento dos meus pais, suponho que nessa altura tu fosses feliz, suponho que todos fossem felizes. Não haviam perdas, tu ainda estavas bem e ninguém sonhava com o que se iria passar. Tens contigo três dos teus meninos, sei que é a lei da vida, mas não podiaser mais tarde? Não podia esperar? Pode parecer estranho estar a escrever-te, que idade tinha eu quando morreste? 2/3 anos? A verdade é que nem sei ao certo, talvez até tenha sido mais cedo. Podem dizer que é impossível recordar-me de ti, mas a verdade é que me lembro, é tudo muito vago, não posso dizer que me recordo de ti a 100%. Mas eu lembro-me avó, lembro-me de algumas coisas, mas o mais importante de tudo lembro-me do teu sorriso, aquele que fazes no meu sonho, tenho a certeza que sabes qual é. Sabes avó, aquele sorriso fazes-me sentir que está tudo bem, e talvez seja só isso que tens para me dizer, mas eu queria avó, queria muito perceber o que dizes. Explica-me avó, se tu tinhas razões, tinhas forças, tinhas vontade para viver, se tinhas isso tuso, porque é que a morte te levou? Porque é que não me deixaram conhecer-te como queria? Porquê avó??

#3

Altura de recuperar o tempo perdido e publicar algumas coisas escritas durante este tempo. Por isso, cada post terá a data em que foi escrito.