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terça-feira, 11 de abril de 2017

#69

Um rasto de destruição, um rasto de destruição é tudo o que eu sinto dentro de mim neste momento. Pela primeira vez em muito tempo não sei lidar com o que sinto, falta-me as forças, dói-me bem lá no fundo, dói-me. Tentar reconstruir dói, hoje tentar reconstruir pesa toneladas, cada pedra parece estar em chamas e dói, dói tanto.
Quero ficar aqui, quero fechar-me no meu casulo e não sair de lá. No meu casulo nada me pode magoar e aqui fora a dor é tanta. Lá bem no fundo meio apagada está aquela voz que diz que eu tenho que sair daqui, tenho ganhar coragem para me despachar e ir trabalhar. Mas eu não tenho forças e a voz está tão lá ao fundo...

sábado, 11 de fevereiro de 2017

#68

Às vezes preciso de ser quebrada, preciso que tudo esteja em ruínas à minha volta porque é nessas alturas que me lembro da força que tenho. Eu levanto-me no meio das ruínas, aos poucos vou colocando pedra sobre pedra e começo a reconstruir, a reconstruir-me. Não estava a ser fácil, desta vez as pedras pensavam toneladas.

Mas depois tu apareceste, caminhaste no meio das minhas ruínas e abraçaste-me. Foi o abraço mais reconstrutor de todos, naquele momento todas as pequenas partículas se juntaram dentro de mim.

E ali estavas tu, no meio dos escombros, os olhos cravados nos meus e nessa altura eu soube e tive a certeza que tu estavas ali para me reconstruir.
O teu caminho cruzou o meu na altura certa e eu sorri enquanto tu começavas a reconstruir-me aos poucos. E eu juntei-me a ti e tudo se tornou mais leve. Porque tu estavas ali e sorrias