Need to translate?

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

N' #1

Só agora escrevo para ti, não houve um antes sobre que escrever. Foi tudo tão repentino que ainda hoje penso que talvez seja um sonho, sim, aquele abraço hoje foi a minha tentativa de confirmar que tu não és um sonho, que nós existimos. Tenho medo sabes? Tenho medo de acordar e tudo isto não ter passado de um sonho. Tenho medo da possibilidade de te perder. Tenho medo que tão depressa como o nós começou, tenho medo que o nós acabe.
Adoro-te com todas as minhas forças! Adoro o teu sorriso, adoro a forma como os teus olhos brilham quando ris... Adoro a forma como o teu corpo estremece quando te toco, adoro a forma como me tocas, como me abraças, como me fazes rir mesmo quando sinto tudo desabar à minha volta.Tu  não precisas de te esforçar para me fazer ficar bem, os teus braços são o meu porto de abrigo, os teus braços acalmam-me e fazem-me sorrir ao sentir o calor do teu corpo.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

#53

Depois de tanto tempo sem escrever hoje não dá para aguentar mais... Sinto que tudo desabou ao meu lado e eu sou uma criança perdida no meio dos escombros. E agora o que é que eu faço? Eu grito e ninguém me ouve, as lágrimas escorregam-me pela cara e ninguém vê...
É pedir muito?
Pedir que me seques as lágrimas causadas pela tua ausência?
Pedir que me tires o nó da garganta que me impede de te ligar e continuar a tentar?
Pedir que me coles o bocado de mim que parece ter desaparecido?
Pedir que voltes a aparar-me as quedas?
É pedir muito que voltes a estar ao meu lado?

Há uma voz dentro de mim que me percorre o corpo inteiro e que ressoa como se gritasse dentro de uma igreja, essa voz só me diz: A culpa é tua, tu mereces isto, tu fizeste-a sofrer... E agora? Como é que a calo quando só tu conseguias? E agora? Quem é que me faz levantar e seguir em frente? E agora? Quem é que me abraça e diz que vai correr tudo bem?

E agora, como é que eu consigo caminhar sem ti ao meu lado?

terça-feira, 9 de julho de 2013

#52

Há algum tempo que não escrevo. Apesar de sentir essa necessidade, começo a escrever e depois nunca acabo o que começo.

Neste momento sinto-me sem ar, sinto-me encurralada, sinto-me como um pássaro que tenta voar e bate nas grades da gaiola. Eu grito por socorro mas ninguém me ouve, as lágrimas caem mas ninguém vê.
Estou às escuras no quarto, a única luz é a do monitor do computador. Está tudo em silêncio, só a música que me sai dos phones e o meu "teclar" quebram este silêncio.
Saber que se tirar os phones  e parar de teclar me posso aconchegar neste silêncio tranquiliza-me e ao mesmo tempo assusta-me. Sinto-me sozinha, sinto-me abandonada, não aguento mais esta dor dentro de mim, só quero fugir, desaparecer... Esquecer tudo o que me faz sofrer, tudo o que me deixa triste, tudo o que faz com que as lágrimas caiam.
Preciso de paz, preciso que me abracem e me sequem as lágrimas...

Preciso que oiçam o meu grito de socorro e vejam que as lágrimas me estão a cair

quarta-feira, 12 de junho de 2013

#51

Só preciso de me aninhar em ti e ficar assim, abraçada a ti até a dor desaparecer...

Sometimes I miss you :$

sábado, 8 de junho de 2013

#50

Ninguém percebe, as minhas lágrimas são silenciosas. Estão a cair e ninguém dá por nada. E eu que pensava que elas tinham secado, afinal só se guardavam para caírem ainda com mais força. Ninguém repara que estão a cair. Só eu sei, porque as sinto, molhadas, salgadas, como todas as lágrimas são.
Todos diziam que eu era a mulher de ferro, que nunca iria quebrar. Parece que afinal todos se enganaram. Parece que até eu quebro, até a mulher de ferro por vezes quebra.
Só queria que tu reparasses no que se passa, mas nem tu reparas, nem tu vês o quanto me magoas. As minha lágrimas secaram para voltarem a cair por ti. Que apesar de tudo magoas-me sem perceberes. Tu que devias ser a primeira a perceber quando me magoam e quando me fazem chorar és quem me mais me magoa e quem mais me faz chorar...
Não percebes que não aguento mais?? Não percebes que quero ir embora?? Que já não aguento tanta discussão?? Que já não aguento o sentimento de culpa que tenho dentro de mim?? Como é que não percebeste?? Como é que não vês o que me estás a fazer??

Ninguém repara que as lágrimas estão a cair... 

sábado, 25 de maio de 2013

#49

Silêncio... Está tudo em silêncio... Não oiço nada para além do teclado do meu computador enquanto escrevo. Este silêncio é reconfortante apenas perturbado pelo meu leve "teclar", sabe bem estar assim, no silêncio, apenas perturbado por mim, pela minha vontade de escrever. 

Sempre adorei a noite e o conforto que ela me traz, vivo durante o dia mas funciono melhor à noite. Já me disseram que sou uma Pessoa B (rápida explicação: Pessoas A funcionam melhor de dia, Pessoas B funcionam melhor de noite), mas não me encaixo nesta descrição. Gosto do sol, gosto do calor, gosto do de um dia com um céu azul, e no entanto gosto da lua, gosto do sossego que noite traz, gosto do seu conforto. 

A noite deixa-me pensar, não me perturba, não me puxa para fora dos meus pensamentos. O dia não me deixa pensar, perturba os meus pensamentos e arrasta-me para fora deles. Porque o dia é agitado, de dia corro de casa para a faculdade, de aula em aula, almoço, aula e depois novamente para casa. A noite é calma, à noite ninguém corre para lado nenhum, à noite há sossego, porque o dia cansa as pessoas quando as obrigada a correr de um lado para o outro. 

Aprendi a lidar com os medos que a noite traz, não tenho medo do escuro, o escuro conforta-me, no escuro eu choro e ninguém vê, a noite deixa-me ser eu mesma na sua escuridão. Gosto do escuro, não preciso de fingir que estou bem, ninguém vê, está escuro... Não tenho medo de noites sem luar, nem de noites com luar. Não acredito em mitos sobre a noite, adoro a noite como adoro o dia. Gosto do silêncio da noite e do calor do dia.  

terça-feira, 14 de maio de 2013

#48

Acho que gastei as lágrimas e nem me apercebi disso, não me cai uma única lágrima mas a vontade de chorar é imensa. Quero correr para os braços do meu avô, aninhar-me e esquecer que isto aconteceu. Não consigo acreditar, não quero acreditar. Como? Porquê? Tantas perguntas na minha cabeça e não consigo responder a nenhuma...

A minha concentração? Foi-se...
Vontade de comer? Tenho um nó na garganta.
Vontade de escrever? Imensa.
Capacidade para descrever o que sinto? Nenhuma...
Vontade de chorar? Imensa. Mas gastei as lágrimas e nem me apercebi disso...

Não percebo, não consigo encontrar uma razão, não sei o que pensar... O meu cérebro só se pergunta porquê... Não consegui ler mais, não fui capaz, uma lágrima ameaçava cair, mas no fim, não caiu. Gastei as lágrimas e nem me apercebi disso. Aquelas linhas não me saem da cabeça, nada faz sentido, isto parece um pesadelo, parece que não estou aqui, estou a assistir a tudo de fora. Não sei o que fazer, estou a escrever em automático, só me apetece chorar mas gastei as lágrimas e nem me apercebi disso...

domingo, 12 de maio de 2013

#47

I need to leave this feeling.
I need to start a new life. 
I need stop feeling like shit... 


quinta-feira, 9 de maio de 2013

#46

Encontram-me na rua e dizem-me: "estás diferente, pareces mais adulta, isso é da faculdade" E eu sorrio e digo que sim, que devem ter razão. Mas no fundo eu sei que o que me fez crescer e tornar-me assim, não foi a faculdade... 
Foste tu F', foi o cancro, foi a morte... Todas estas coisas que me magoam, que me fazem chorar, as poucas coisas que me fazem chorar... 

Hoje estou meio assim, AWAY... 


segunda-feira, 25 de março de 2013

domingo, 27 de janeiro de 2013

#43

                                        Cadeiras concluídas: 6 
 Exames para fazer: 0 

É bom saber que apesar das notas não terem sido as melhores, ficaram orgulhosos de mim. Daqui para a frente é sempre a subir :D Já só faltam 5semestres e depois sou uma pessoa formada 




segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

#42

Às vezes não sei como agir, mas isso não é sinal de falta de preocupação...

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

#41

Eu tive o sonho Tio, e a Avó disse-me e eu não consegui lembrar-me, e a Marisa não quis acreditar, e Avó disse-me e eu não consegui lembrar-me, e eu acordei e pedi-te, mesmo longe, que não fosse no dia 31, e chamaram-nos, e eu quis ir, mas não fui, e a minha mãe disse-me que era uma questão de horas, e eu liguei à Marisa e pedi-lhe ( com as lágrimas nos olhos ) que te desse um beijo por mim, e ela deu ( e tu ouviste? ), e eu acreditei novamente que eras forte, e eu acreditei que não ia acontecer, e eu depois tu foste Tio ( era 6h, vocês eram 6 irmãos... ), e a minha Mãe chegou, e eu vi no olhar dela o que tinha acontecido, e chorei Tio...

Estive lá quando chegaste Tio, à tua espera estava um senhor com uma carrinha igual à tua ( a volkswagen ). E eu olhei para a carrinha e perguntei-me o que é que estava a tua carrinha a fazer ali, e depois percebi que não era a tua carrinha, que não eras tu Tio. E depois tu chegaste Tio, e eu não quis acreditar. Eu quis voltar a acreditar que a carrinha era a tua e que tu ali estavas, que ias encostar a testa à minha e me ias pedir para ter força, que me ias abraçar e que íamos ficar ali, os dois. Mas isso não aconteceu e tu não estavas ali assim, e não me abraçaste, e não encostaste a tua testa à minha e não pediste para ter força. E eu não tive coragem de entrar logo e fui fumar, e lembrei-me de ti quando soubeste, o sorriso terno e o olhar reprovador. Mas pareceu-me que estavas ali comigo...

E voltei, e olhei em volta... A minha Mãe, o meu Pai, a minha Avó e a minha Tia... E a Tia Bela? Está lá dentro... E o Avô? Também... Marisa?? Marina?? E ficamos as três e vemos a carrinha funerária a partir... E tu ficas lá dentro... E eu vejo a Sara, e vou ter com ela, e esquecemos tudo o que estava para trás e ela foi tratada como se tivesse lá estado sempre tal como nós...

Sabes Tio, contei-lhe a história dos fósforos. E ri-mos juntas como se tivessemos os dezoito anos de cumplicidade que tu querias que tivessemos. Contei-lhe isto quando fomos ao café para eu ir comer, ela é como tu Tio, não entra na capela, e nós percebemos e não insistimos. E eu Tio, entrei no café e vi o Tio Toino encostado ao balcão a beber amêndoa amarga e ouvi-o perfeitamente a dizer-me para não dizer nada à minha Avó e eu disse-lhe que sim, e eu senti o cheiro da amêndoa amarga Tio, e ele estava lá.

Eu quis ficar lá a noite inteira Tio, mas não me deixaram. A tua cunhada quando o Jorge entrou na capela disse que parecias tu, e tem razão. E tu quiseste que o meu Pai se despedisse de ti, fizeste-o entrar lá, eu sei Tio :) E cheguei de manhã e ficámos à espera, e chegaram os Tios, Primos e afins de Santiago, e a Marisa chegou. E a cada mercedes que entrava naquele largo eu esperava ver o Tio Jacinto sair do carro... E a Sara chegou... E a Marina chegou e eu vi o Tio Zé ao volante do carro...

E depois Tio, eu vi-vos aos quatro juntos... E o Tio Jacinto disse: "Cala-te fernandinho que tu aqui não mandas nada". E só eu vi aquela cena e só eu ouvi isto, e eu fechei os olhos e sorri, e não me importei com o que pudessem pensar... E ali fiquei eu Tio à porta da capela de olhos fechados e a sorrir a sentir-vos ali comigo...

E o padre chegou e eu esperei, e as pessoas saíram, e nós entrámos e despedimo-nos de ti Tio. E fecharam-te no caixão, e puseram-te na carrinha e nós lá fomos... E chegámos e esperámos, e o sino tocou ( sabes o quanto me faz confusão aquele sino ) e nós entrámos, e lá fomos a passo de caracol com as lágrimas no rosto, e chegámos e tiraram-te da carrinha e abriram o caixão, e o padre lá esteve com aquelas merdas e lá nos deixaram despedir, e eu dei-te a rosa, e fui-me embora e cada se despediu, depois fecharam-te novamente ( já não fui capaz de ver ) e levaram-te e puseram-te naquele cubículo e nós não pudemos mandar terra, e a Tia Bela gritava e eu procurei a Sara e abracei-me a ela.

E depois Tio, vi de perto enquanto te fechavam e te selavam naquela merda daquele cubículo... E não consegui sair dali, e depois fiquei ali à espera que tu aparecesses e me abraçasses, fiquei à espera que não te tivessem selado a ti....

Ainda acho que é mentira, mas não é Tio.Nós não estávamos preparados Tio, e tu também não, eu sei. E nós combinámos ir a Santiago quando saísses do hospital e ninguém soube Tio.

Tu já estás a Avó, e os Tios. Portem-se bem, não chateiem a Avó...


P.s: O Benfica ganhou 6-0